sexta-feira, 19 de abril de 2013

Para debatedores na CDH, modelo econômico gera conflitos no campo


Marcando os 17 anos do massacre de Eldorado do Carajás, a audiência da CDH desta quarta-feira (17) foi marcada por críticas à impunidade e à morosidade da Justiça.

Escrito por: Redação - Agência Senado

Marcando os 17 anos do massacre de Eldorado do Carajás - conflito com policiais militares, no Pará, que resultou na morte de 21 trabalhadores sem terra em 1996 -, a audiência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) desta quarta-feira (17) foi marcada por críticas à impunidade e à morosidade da Justiça, considerando que esses fatores estimulam a continuidade da violência.
Antônio Escrivão Filho, coordenador executivo da organização de direitos humanos Terra de Direitos, atribuiu a violência no campo ao descumprimento da função social da terra e classificou a impunidade como "padrão institucional" do Estado brasileiro diante das violações de direitos dos "povos da terra":
- Quando mandantes percebem que o Estado não tem vontade política para investigar esses crimes, sentem-se estimulados para cometer mais crimes - afirmou.
Para ele, o Poder Judiciário ainda resiste a dialogar com os movimentos sociais, quando precisaria dar tratamento especial às ações coletivas fundiárias e se afastar da cultura do despejo forçado. Ele afirma que os movimentos sociais estão atentos para esclarecer aos operadores da Justiça a realidade do campo.
Alessandra Lunas, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), criticou o "modelo de desenvolvimento concentrador" que gera conflitos agrários - conforme ressaltou, a África e a América Latina apresentam os maiores índices de violência no campo - e que se põe como desafio para os movimentos sociais e o governo brasileiro. Ela defendeu a agricultura familiar como instrumento de soberania alimentar, afirmando que é preciso disseminar a consciência de que a concentração de terras "vai doer no bolso" do povo, e pediu a federalização do julgamento de conflitos agrários.
Elisângela dos Santos Araújo, coordenadora-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), considera fundamental para o Brasil avançar na reforma agrária. Ela tratou das várias formas de violência no campo, situação que atinge mais fortemente os negros e as mulheres, alertando que essa violência não é vista devidamente pela sociedade:
-- Para nós, tudo isso tem um sentido: o modelo de produção que temos no país, que destrói a natureza e apresenta uma grande concentração fundiária - disse, denunciando a "estrangeirização" das terras brasileiras.
Ela define que a persistência dos conflitos no campo desafia as políticas dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff para o fortalecimento dos assentamentos e pela agricultura familiar.
Por sua vez, Alexandre Conceição, diretor da coordenação nacional do MST, lamentou que, 17 anos depois de Eldorado do Carajás, o Judiciário ainda seja "classista" e "criminalizadordos movimentos sociais e da política". Ele criticou a lentidão do  Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) nas desapropriações de terras, e cobrou a discussão de um modelo alternativo ao agronegócio:
- Reforma agrária não é um programa compensatório, mas um programa para produzir alimento barato e saudável.
Antônio Canuto, secretário da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgou dados do relatório anual da entidade, salientando o aumento de 24% dos assassinatos de trabalhadores rurais entre 2011 e 2012. Canuto denunciou as pressões sobre as terras de índios e quilombolas, "grupos humanos que não se enquadram no capitalismo", e a continuidade do modelo de desenvolvimento predatório. Ele condenou os parlamentares da bancada ruralista, que, em seu ponto de vista, têm impedido o avanço da luta dos trabalhadores.
Representante do Incra na Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, Cláudio Rodrigues Braga sublinhou que a lentidão do Poder Judiciário em conflitos agrários aumenta onde a distribuição de renda é pior, e disse que o Estado tem que ter muita habilidade para atuar de "forma harmônica" nesses casos.

FONTE: FETRAF BRASIL

Reforma agrária é tema de encontro com manifestantes do MST


O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes, receberam uma comitiva do Movimento Sem Terra (MST), na tarde desta quinta-feira (18), em Brasília. Na pauta do encontro, estava o aprimoramento da reforma agrária no Brasil. O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, também participou da reunião.
Os 22 manifestantes presentes na reunião apresentaram reivindicações, como melhorias para educação no campo, aumento de crédito e manutenção do jovem no meio rural, além de reforçarem a necessidade de assentar 90 mil famílias inscritas no Movimento.
Segundo o ministro Pepe Vargas, ao longo do mês de maio, movimento social e governo vão se reunir para planejar ações nos estados brasileiros, conforme a capacidade operacional disponível. “Vamos pactuar metas de ações do Incra nesse período. E, também no Plano Safra da Agricultura Familiar, quando está previsto  anunciar um conjunto de medidas visando o desenvolvimento dos assentamentos”, afirmou o ministro.
Carlos Guedes apresentou o trabalho do Instituto e adiantou algumas iniciativas às lideranças do MST. “Está tramitando dentro do Incra, e deve se consolidar nos próximos 12 meses, uma área de aproximadamente um milhão de hectares que pode beneficiar mais de 30 mil famílias”, garantiu Guedes.
FONTE: MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário

quinta-feira, 18 de abril de 2013

SINTRAF DE SANTO ANTONIO PARTICIPA DE PLANEJAMENTO DO FÓRUM DE ECOSOL



Os diretores do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Santo Antônio/RN, Alex Pontes Silva e João Maria Cabral do Nascimento, participaram entre os dias 5 e 6 de Abril de 2013 no Centro Pastoral em Parnamirim do Planejamento anual do Fórum Potiguar de Economia Solidária.
Com o objetivo de planejar as ações do fórum para o ano de 2013, o Planejamento contou com as presenças do Deputado estadual Fernando mineiro, Secretário Estadual de Trabalho, Habitação e Assistência Social – SETHAS, Professor Luiz Eduardo Carneiro e de representantes das prefeituras de Natal e Parnamirim e ainda os membros que fazem parte do fórum.



Nos dois dias de encontro de planejamento, foram formados e divididos para trabalhos em grupo os seguintes GT’s: COMERCIALIZAÇÃO; MARCO LEGAL E POLITICAS PUBLICAS; MULHERES; JUVENTUDE; FINANÇAS SOLIDÁRIAS e FORMAÇÃO.
Após as apresentações dos trabalhos foram retirados diversos encaminhamentos e formado o cronograma de reuniões para 2013.
Na oportunidade os Diretores do Sindicato de Santo Antônio – Alex e João Cabral ficaram na relatoria do evento e Alex ficou no GT de juventude.

DIRETORES PARTICIPAM DE REUNIÃO DO CONSELHO DA SAÚDE


Os Diretores do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Santo Antônio/RN, Alex Pontes Silva e João Maria Cabral do Nascimento  participaram no último dia 03 de Abril de 2013 da 114ª Reunião Ordinária do Conselho de Saúde de Santo Antônio.
Cumprindo uma das deliberações do conselho para o ano de 2013, o colegiado reuniu-se no Auditório do SINTRAF como uma forma de o trabalho do conselho está mais acessível a população , dai houve a ideia de realizar reuniões itinerantes e o SINTRAF foi o primeiro local a ser contemplado. com essa nova ação do conselho. Na oportunidade As reuniões itinerantes do conselho, ocorrerão em bairros e comunidades rurais.
Durante a reunião presidida pelo presidente do conselho de saúde, Ramom Klebson foram discutidos os seguintes pontos:
·         Membros para o GTI;
·         Divulgação da Cartilha do SUS;
·         Reunião Extraordinária para tratar de assuntos referentes ao funcionamento dos postos de saúde no município e  o atendimento do hospital regional;
·         Visitas do Conselho nos postos de saúde do município, entre outros assuntos mais.
No final da reunião, os membros do conselho comemoraram o aniversário do presidente Ramom klebson e foi servido um lanche para todos , pelos anfitriões que representam o SINTRAF de Santo Antônio.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Câmara debate sobre uma das principais culturas da Agricultura Familiar

Foto: Andrea Farias/MDA


Na Bahia, estado com o maior número de agricultores familiares do Brasil (com 665.831 estabelecimentos), o segmento responde por 91% da produção de mandioca. No Piauí, a agricultura familiar é responsável por 95% da produção de macaxeira e, já no estado do Rio de Janeiro, 75% da produção do aipim são também oriundos dessa parcela de produtores. Com nomes variados regionalmente e formas de preparo distintas, a mandioca é um alimento apreciado de Norte a Sul do Brasil.
Importante para a economia nacional e para a cultura brasileira o produto foi tema de Audiência Pública, realizada nesta terça-feira (16), pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Em Brasília, convidados e participantes da reunião discutiram a comercialização, o cultivo, a produção e o uso de insumos da mandioca e derivados.
O diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor (Degrav) da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Nilton Pinho de Bem, destacou que o MDA possui uma série de políticas de incentivo à produção que abrangem os produtores de mandioca. “Praticamente todas as linhas do Pronaf contemplam a cultura da mandioca. Seja o Pronaf Custeio, Investimento ou Agroindústria, com juros negativos para os agricultores”, disse Nilton, durante a sessão.
“Os agricultores familiares contam também com o Seguro da Agricultura Familiar que cobre o custo da produção e garante 65% da receita líquida esperada. Temos os programas de Asssistência Técnica e Extensão Rural (Ater), o de fomento à integração produtiva, bem como as Chamadas Públicas que oferecem Ater ao estabelecimento por um período continuado”, citou o diretor do Degrav.
“Por sua função estratégica para a segurança alimentar, tanto das famílias quanto do rebanho, a mandioca – planta rica em energia e altamente proteica – é uma cultura importante para a agricultura familiar, além de ter sua importância para os sistemas de produção dos agricultores”, apontou. Ele ressaltou, ainda, programas de compras institucionais que garantem mercado para os produtores de mandioca, a exemplo do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Em 2012, a aquisição de mandioca e derivados pelo PAA foi de R$ 23,4 milhões, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Produção familiar 
A agricultura familiar responde por 87% da produção nacional de mandioca. No Rio Grande do Sul, essa porcentagem é de 92%, e em Santa Catarina, 93%. Considerada uma cultura predominante da agricultura familiar, tem 42% de seu plantio feito em áreas menores de 10 hectares.
Os principais estados produtores no País são o Pará (20% da produção nacional), o Paraná (17%) e a Bahia (10%).
Segundo o chefe da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Domingos Haroldo, o Centro Sul do Brasil apresenta maior produtividade e possui áreas maiores para o cultivo. Em geral, o país tem baixo índice de crescimento da produtividade devido a vários fatores, entre eles, cultivo em áreas com solos de baixa fertilidade e chuvas insuficientes. O baixo uso de insumos, os preços baixos e instáveis e o investimento em pesquisa inferior ao aplicado em outras culturas também foram apontados por Haroldo como entraves da produção.
FONTE: MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário

PRESIDENTE DO SINDICATO PARTICIPA DE REUNIÃO EM MUMBUCA


No último domingo dia 14 de Abril de 2013 o Vereador do PT e Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Santo Antônio , Dário Fortunato participou de uma reunião com os agricultores e agricultoras da Comunidade de Mumbuca.
Na oportunidade Dário falou sobre as principais iniciativas sua enquanto parlamentar que representa principalmente a população rural e também falou sobre os programas do Governo Federal que ajudam a melhorar a vida do agricultor e que os mesmos precisam se organizar para poder acessar tais politicas publicas como por exemplo:

  •  PAA/CONAB - onde as comunidades são beneficiadas tanto fornecendo produtos da agricultura familiar para o governo , quanto sendo recebedoras de tais produtos de outras comunidades organizadas pelas Associações;
  •  PNHR - Dário falou de 50 propostas de construção de casas para os agricultores do município que já estão na Caixa aguardando a liberação para inicio das obras e de mais 50 para a segunda etapa;
  • SINDICALIZAÇÃO - Dário enfatizou a importância dos agricultores em estarem organizados através do seu sindicato para poder acessarem diversas politicas publicas;
  • MILHO DA CONAB - Dário ainda lembrou aos agricultores de Mumbuca que se organizassem para adquirirem o milho da Conab que está com um preço bem mais acessível do que o de mercado.


Para Dário é de extrema importância sempre estar junto aos nossos agricultores para levar a informação e saber dos prolemas da comunidade e buscar as soluções devidas.

Ainda na reunião , Dário informou aos agricultores a respeito da mobilização da Jornada de Lutas da Agricultura Familiar Potiguar a se realizar no dia 09 de Maio de 2013 em Natal , organizada pela FETRAF-RN (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte).

Com Informações e fotos do Blog do Vereador Dário do Sindicato