terça-feira, 22 de março de 2011

Cajucultura terá R$ 1,3 milhão para aplicar no RN


A produção de castanha do Rio Grande do Norte, considerada a terceira maior do Brasil, terá um incentivo que vai refletir diretamente no aumento e no melhoramento da safra nos próximos anos. Um convênio celebrado entre o Sebrae-RN, a Fundação Banco do Brasil e o governo estadual vai liberar R$ 1,3 milhão para a atividade, um dos mais importantes arranjos produtivos do RN. O dinheiro será aplicado na construção de uma central de comercialização, em consultorias técnicas e na formação de cooperativas. A assinatura do convênio ocorreu na última quinta-feira (17), no município de Apodi, que fica a 328 quilômetros de Natal. O convênio está inserido nas ações do Programa de Instalação de Minifábricas de Beneficiamento da Castanha, desenvolvido pelo Sebrae e Fundação Banco do Brasil. A expectativa é de que os recursos beneficiarão toda a cadeia produtiva da cajucultura, especialmente um grupo de 80 agricultores de Apodi, integrantes da Associação dos Mini Produtores de Córrego e Sítios Reunidos. O repasse de valores também assegura a criação de fundo rotativo para aquisição de matéria-prima. O diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcante Júnior, reforçou o apoio ao projeto e ressaltou a necessidade de investir em ações que contribuam para a mudança no cenário de pobreza ao mesmo tempo em que cria novas oportunidades de negócios. Produção Na safra 2009/2010, somente no município de Apodi, foram produzidas 200 toneladas de castanha, que ajudaram a mudar a vida do produtor Antônio Francisco Alves. “O apoio que a gente está recebendo mudou completamente nossas vidas. Com o acompanhamento que temos, já estamos produzindo de uma forma mais padronizada, e buscamos a certificação orgânica, pra melhorar ainda mais nossa produção”, atesta. Para a presidente da Coopapi, Fátima Torres, o convênio acabará com os principais gargalos da produção de castanha potiguar: a falta de assistência técnica, capital de giro, e uma central de comercialização. “O resultado disso tudo vai ser o crescimento da produção, melhoria do produto, e uma melhor qualidade de vida para o produtor,”, destaca a presidente. A governadora do estado, Rosalba Ciarlini, que também participou do evento, prometeu a implantação de programa que prevê o replantio dos pomares. Ela acredita que novos cajueiros devem garantir uma maior produção. “Estamos desenvolvendo um programa, com acompanhamento técnico, para que possamos replantar os pomares, e garantir uma produção cada vez maior de castanha em nosso estado”, anunciou. Estado terá mais duas minifábricas O Rio Grande do Norte já conta com oito, das 10 minifábricas previstas no Programa de Instalação de Mini-fábricas, que funciona através de parceria entre o Sebrae e a Fundação Banco do Brasil. As outras duas mini-fábricas serão inauguradas ainda no primeiro semestre deste ano. Esse tipo de instalação garante o beneficiamento da castanha, e, consequentemente, a agregação de valor ao produto. De acordo com o diretor executivo da Fundação Banco do Brasil, Denis Corrêa, o projeto já beneficia um total de 800 famílias produtoras de castanha do rio Grande do Norte. “Estamos muito felizes com a parceria, e afirmo que continuaremos contribuindo com os produtores do estado”, assegura. Apesar da crise que afetou a cajucultura potiguar nos últimos meses de 2010, devido à escassez de chuvas, a produção estadual concentra números positivos na safra 2009/2010, quando foram produzidas cerca de 44 mil toneladas do produto. Somente os produtores apodienses somaram um total de 200 toneladas de castanha.


Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/cajucultura-tera-r-1-3-milhao-para-aplicar-no-rn/175993

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