sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Movimentos discutem a primeira versão do PRONACAMPO

PORNACAMPO


Na tarde da última terça-feira (25), no Palácio do Planalto, movimentos sociais reuniram-se com a Secretaria de Educação Continuada, do Ministério da Educação (SECAD/MEC), para discutir sobre a primeira proposta do Programa Nacional de Educação para o Campo, o PRONACAMPO.

Essa primeira versão foi realizada a partir da reivindicação apresentada pelos movimentos sociais, no primeiro semestre do ano, de elaborar uma política nacional de educação que contemplasse o ambiente rural, bem como respeitasse a realidade da agricultura familiar.

A proposta contempla educação infantil, ensino fundamental e médio, educação superior e qualificação, propõe também um Plano Nacional do Livro Didático do Campo e de diversidade.

De acordo com Elisângela Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL se há um “Plano Nacional de Educação é justo que o campo esteja inserido nessa política de forma efetiva e não com projetos pilotos e ou ações isoladas”.

Para ela, o quesito qualificação e formação para educadores também precisam referenciar o meio rural. “A qualificação tem que estar ligada às políticas públicas, aos desafios que a agricultura familiar tem para enfrentar. E a formação dos professores tem que ser realizada de forma que ele esteja inserido no contexto local”, explicou a coordenadora.

“Além disso, é necessário que os programas que já existem voltados para a educação no campo sejam reestruturados como, por exemplo, o Saberes da Terra, que não avançou significativamente devido a falta de participação social”.

Ainda na proposta apresentada pelo governo, existe a construção de pólos educacionais que terão salas de aula, alojamentos para educadores e alunos, mas que ainda está em fase de elaboração pelo Ministério.

Entretanto, os movimentos foram enfáticos ao concordarem sobre a importância dos pólos, desde que sejam valorizadas e fortalecidas as experiências que os próprios movimentos construíram como as Escolas Famílias Agrícolas (EFAs), por exemplo.

Também participaram da audiência Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria Geral da Presidência da República e representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário



fonte: fetrafbrasil

Um comentário:

  1. A propósito das discussões de interesse relevante do PROCAMPO, muito bem vindo e em boa hora, cabe lembrar que as ações de violências e opressões no meio rural e no campo - a exemplo da execução hedionda de que foi vítima um trabalhador rural no município baiano de Monte Santo, no dia 06/09/2011; às vésperas das comemorações oficiais da dita INDEPENDÊNCIA DO BRASIL; barbaramente assassinado na presença da sua esposa e de dois filhos menores de idade - vêm coagindo a demandas sociais abandonadas a migrarem para as periferias humanas das sedes dos municípios da Bahia onde passam a sofrer todas as formas de deteriorações; desde a subhabitação em que passam a ocupar até as atrocidades sexuais a que são violentadas, isso sem falar na fome.
    Portanto, nesse sentido, há cerca de duas semanas encaminhei representação formal por escrito ao EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DA EDUCAÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. O documento já foi entregue em Brasília; acompanhei pelo site do Correio.
    Logo, o meu pensamento e as minhas experiências de educador comprometido são as de que para se discutir Educação Escolar destinada ao campo e às periferias sociais excluídas do campo por força da opressão implacável - necessariamente - carece da escuta das pessoas diretamente vitimadas por essas políticas trogloditas de exploração e babárie.
    É preciso ouvir a pobre mãe solteira de vários filhos de pais diferentes que vive com um jovem usuário de drogas, na maioria dos casos, mais jovem que o filho primogênito dessa pobre mamãe, oprimida sob ameaça do amante que ainda sevicia uma criança filha dessa pobre mãe. É ela que ouvida com respeito humano dirá ao mundo que forma exitosa de Educação Escolar deve ser desenvolvida pelo Estado nos espaços humanos das periferias sociais.
    NÃO TENHO A GARANTIA DE QUE O MEC VENHA A RESPONDER O MEU APELO PATÉTICO NESTE SENTIDO.

    José Plínio de Oliveria - Serrinha - Bahia.

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