quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Abastecimento não será afetado

A baixa incidência de chuvas registradas no Rio Grande do Norte, ao fim do período chuvoso, não afetará o abastecimento de água durante os próximos meses. É o que afirma o meteorologista Gilmar Bristot. Isto porque as águas acumuladas nos grandes reservatórios nos últimos dois anos, deverão dar aporte durante o período de estiagem – de setembro a dezembro.

Segundo dados da Emparn, de janeiro a agosto, os pluviômetros registraram em todo o Rio Grande do Norte 490 milímetros, uma queda de 30,7% em relação à média nacional, de 731,7 milímetros. A diferença ainda é maior se comparado aos anos anteriores 2008 e 2009, que superaram a marca de 1 mil milímetros, quando os potiguares amargaram perdas por inundações, sobretudo na região do Baixo Açu.

Em Natal, no mesmo período, choveu 1.069 milímetros, bem abaixo do patamar de 1.554,3, estimado para os municípios. As áreas mais atingidas foram as Oeste (490 mm), Agreste (região do Mato Grande – 354 mm) e Central (389 mm).

A previsão é seguida de orientações do órgão à concessionária, no sentido de verificar o nível e qualidade dos poços, além de proteger os mananciais. “Em 20 anos, se não houver um trabalho de preservação, Natal terá que se valer de água de outras regiões. Mais pela falta de manejo, do que de chuvas”, observa Bristot.

Entre os açudes que não padecerão com seca, está a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu, que permanece com cerca de 70% de sua capacidade, apesar do inverno escasso. A expectativa é que até dezembro nivele em até 60%. A baixa é necessária, avalia o chefe do departamento de meteorologia, para evitar novos alagamentos no próximo ano, quando se desenha um cenário de inverno pouco mais rigoroso, caso o fenômeno La Niña, no Oceano Pacífico se prolongar por seis meses. “Devido ao alto grau de escoamento superficial da bacia, se não houver redução do nível de reservatórios como Armando Ribeiro Gonçalves, o Vale do Assu poderá enfrentar novos alagamentos”.

Mas, o meteorologista tranquiliza, mesmo que o aumento no consumo de água, aquecido pela alta temperatura, no período de verão seja suficiente para reduzir o nível; no estio o nível de evaporação é de 10 litros de água por metro quadrado por dia. “Mesmo que não cresça o consumo, a evaporação é bem elevada”, observa Bristot.

Sem chuva, a perda na agricultura em regiões, como do Salto e Médio Oeste, chegou a 90%
FONTE: TRIBUNA DO NORTE

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