sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Safra de feijão deve ter queda de 10,8% no RN


A produção de feijão terá uma queda de 10,8% no Rio Grande do Norte, devido ao excesso de chuvas. Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, as fortes precipitações ocorridas no estado prejudicaram o cultivo do grão. A produção de feijão, considerando as três safras, está avaliada em 3.624.623 toneladas, 1,9% inferior à informação de julho e assim distribuída: 1.955.843 toneladas da 1ª safra (54,0%), 1.233.339 toneladas da 2ª safra (34,0%) e 435.441 toneladas da 3ª safra (12,0%).
Comparado ao mês anterior, as variações na produção dessas três safras foram negativas em, respectivamente, 1,4%, 2,7% e 2,1%. A queda na 1ª safra é consequência das alterações no dados do Piauí (-2,6%), Ceará (-6,3%), Pernambuco (-4,2%), e Rio Grande do Norte (-10,8%). Assim como no RN, nos outros três Estados o excesso de chuvas também causou prejuízos à cultura. Na 2ª safra, o decréscimo se deve às reavaliações na maior parte dos estados produtores do Nordeste, onde a estiagem de junho e julho foi responsável pelo quadro desfavorável. A Bahia diminuiu em 29,0% a produção esperada perdendo a segunda posição para Minas Gerais, que tem uma participação 14,3% na produção contra os 11,0% da safra baiana. Para o feijão 3ª safra, a variação negativa é resultado das modificações nos dados do Distrito Federal, onde foram reduzidos os plantios em 25,0% da área plantada, gerando uma queda em sua produção de 20,0%.A oitava estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas estuda as produções em todo o país. A pesquisa indica uma produção da ordem de 159,0 milhões de toneladas, superior em 6,3% à safra recorde de 2010 (149,6 milhões de toneladas) e 0,1% maior que a estimativa de julho. A área a ser colhida em 2011, de 48,8 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 4,9% comparado a 2010, e decréscimo de 19.284 hectares (-0,0%) frente à informação anterior. As três principais culturas, que, somadas, representam 90,6% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, o arroz, o milho e a soja, respondem por 82,2% da área a ser colhida registrando, em relação ao ano anterior, variações de +1,6%, +4,0% e +3,3%, respectivamente. No que se refere à produção, o arroz e a soja mostram, nessa ordem, acréscimos de 18,9% e 9,3%, enquanto o milho, redução de 0,7%.
Estimativa de agosto em relação à produção obtida em 2010
Dentre os 25 produtos selecionados, 14 apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (73,8%), amendoim em casca 1ª safra (25,9%), arroz em casca (18,9%), batata-inglesa 1ª safra (13,5%), cacau em amêndoa (4,4%), cevada em grão (6,8%), feijão em grão 1ª safra (28,4%), feijão em grão 2ª safra (2,3%), mamona em baga (42,9%), mandioca (8,0%), milho em grão 1ª safra (3,4%), soja em grão (9,3%), sorgo em grão (28,3%) e triticale em grão (24,9%). Com variação negativa: amendoim em casca 2ª safra (37,9%), aveia em grão (8,9%), batata-inglesa 2ª safra (1,2%), batata-inglesa 3ª safra (0,1%), café em grão (7,6%), cana-de-açúcar (5,4%), cebola (7,2%), feijão em grão 3ª safra (8,1%), laranja (1,7%), milho em grão 2ª safra (6,6%) e trigo em grão (15,6%).
Destaques nas estimativas de agosto em relação a julho de 2011ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) - A oitava estimativa de produção é da ordem de 5,1 milhões de toneladas, 0,8% maior que a informada em julho. Esse acréscimo é resultado da revisão na área a ser colhida, que registra aumento de 1,5%, sendo estimados 1.400.965 ha plantados. Bahia, segundo maior produtor, com participação de 31,0% na produção, foi o principal responsável por essas alterações. Nesse estado, embora o rendimento médio previsto de 3.797 kg/ha mostre retração de 2,2% frente a julho, a produção esperada de 1.578.522 toneladas cresceu 3,2% em face da reavaliação de 5,6% na área que alcançou 415.716 ha. CAFÉ
(em grão) - A safra de café em 2011 está estimada em 2.654.225 t (44,2 milhões de sacas de 60 kg). Verifica-se um decréscimo de 1,1% na produção em relação ao levantamento realizado no mês anterior, prevalecendo a afirmativa de que a bianualidade do cafeeiro está em seu ciclo de baixa (em relação ao ano anterior). Este decréscimo na produção é devido à Minas Gerais, maior produtor do país, onde foram registrados, em relação ao mês anterior, decréscimos na área destinada à colheita (0,1%), na produção (2,7%) e no rendimento médio (2,6%). No Espírito Santo, 2º maior produtor, não foram observadas variações em relação ao mês anterior.
MILHO (em grão) total - A produção do milho em grão totaliza 55,7 milhões de toneladas para as duas safras, apontando uma variação de 0,4% entre julho e agosto. Essa alteração foi causada pelas modificações nos dados da 2ª safra, pois a 1ª, já colhida nos principais centros produtores, cresceu 9.293 toneladas (+0,0%), totalizando 34,2 milhões de toneladas. A previsão da 2ª safra é de 21,4 milhões de toneladas, um ganho de 1,0% em comparação a julho. O Paraná, segundo produtor, foi o principal responsável por este incremento, já que reajustou a produção em 6,5%, estimada agora em 5,5 milhões de toneladas. Isso porque, com a colheita alcançando cerca de 75% da área prevista, estimada em 1.617.499 ha, os danos causados pelas geadas de junho ficaram aquém do esperado. A produção, nesse mês, poderia ter crescido mais, se não fosse a queda, devido à estiagem, registrada na Bahia. Nesse estado, a produção esperada de 362.760 t, é 45,1% inferior a do levantamento de julho, por conta da redução em 43,6% no rendimento médio esperado que passou de 1.973 kg/ha na informação de julho para 1.112 kg/ha em agosto.
SOJA (em grão) - Com um volume esperado de 74,9 milhões de toneladas, a produção de soja em agosto é 31.136 toneladas maior que em julho. À exceção do Maranhão, a colheita já se encerrou nos demais centros produtores. Este acréscimo se deve, particularmente, às revisões nos dados de Tocantins, onde a área colhida de 384.907 ha e a produção obtida de 1.168.209 t, comparativamente ao mês passado, são superiores em 3,5% e 2,2%, respectivamente.
SORGO (em grão) - A produção estimada de sorgo é de 1.924.041 toneladas, superando em 3,2% a prevista no mês anterior. Esse acréscimo foi determinado pela região Centro-Oeste, onde se registram aumentos em Goiás (5,3%), maior produtor nacional, com participação de 43,5%, Mato Grosso do Sul (5,2%) e Distrito Federal (23,3%).
CEREAIS DE INVERNO (em grão) - Para as lavouras de inverno, cujos cultivos se concentram no Sul, destacam-se as diminuições na produção da cevada (1,9%), trigo (1,0%) e triticale (1,8%). Para o trigo, a mais importante dessas culturas, a produção esperada de 5,1 milhões de toneladas informada em agosto é 1,0% inferior a do mês passado. O decréscimo é devido às novas avaliações do Paraná, maior produtor de trigo, participando com 48,8% da produção. Neste estado, as informações indicam uma área plantada 0,4% maior que a prevista na avaliação anterior, ou seja, de 1.023.191 ha, porém, 33.985 ha totalmente perdidos em função das geadas, resultando uma área produtiva de 989.206 ha. Por outro lado, o excesso de chuvas em julho além de propiciar a incidência de doenças que atacam as espigas do trigo, dificultou a entrada das máquinas nas lavouras para fazer o controle das mesmas. Com isso, o rendimento médio esperado, agora avaliado em 2.515 kg/ha, é 2,3% inferior ao informado no mês passado. Consequentemente, a produção estimada de 2,5 milhões de toneladas, é 1,8% menor.O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas, cujas informações são obtidas por intermédio das Comissões Municipais (COMEA) e/ou Regionais (COREA); consolidadas em nível estadual pelos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA) e posteriormente, avaliadas, em nível nacional, pela Comissão Especial de Planejamento Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias (CEPAGRO) constituída por representantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA).Em atenção a demandas dos usuários de informação de safra, os levantamentos para Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) foram realizados em estreita colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra, iniciado em outubro de 2007, para as principais lavouras brasileiras.


fonte: tribunadonorte

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