terça-feira, 10 de maio de 2011

SINTRAF'S E FETRAF RN PARTICIPA DA VII JORNADA DE LUTAS DA REGIÃO NORDESTE



As Federações dos Trabalhadores e Trabalhadores da Agricultura Familiar- que compõem toda a região NORDESTE, Sendo elas; RIO GRANDE DO NORTE-RN, PERNAMBUCO-PE, PARAIBA-BA, CEARÁ-CE, BAHIA-BA, MARANHÃO-MA E PIAUÍ-PI. Realizaram grande movimentação na manhã desta quinta-feira dia 05/05/2011 em frente à Superintendência do Banco do Nordeste em Fortaleza, para negociação da pauta que integra a Jornada de Lutas 2011 do sistema FETRAFIANO.

A FETRAF-NORDESTE, esta organizada em 07 (sete) Estados brasileiros; desencadeou amplo processo de reflexão e avaliação sobre as condições de vida e trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar, assim como as políticas públicas voltadas ao setor, como é necessário e usual anualmente. Este ano de 2011 tem as características de avaliação de um jovem ciclo em que a agricultura familiar conquistou espaço por sua importância econômica, e por seu papel de vetora de desenvolvimento, em harmonia ambiental e sustentabilidade social; e reconhecimento do Estado e Governos, pelo processo organizativo sindical dos trabalhadores e trabalhadoras do setor, estabelecendo interlocução com a sociedade no amadurecimento de soluções para o abastecimento e segurança alimentar, desenvolvimento regional e local de pequenos e médios municípios com instrumentos de distribuição de renda e promoção de qualidade de vida com sustentabilidade.

Um balanço deste processo nos últimos dez anos permite afirmar que muito avançou especialmente nos dois Governos do Presidente Lula. Porém é oportuno o momento para tratar das questões que necessitam tratamento no início do Governo da Presidenta Dilma.

Nos Estados do Norte, Nordeste a agricultura familiar responde pela atividade econômica de mais de 80% dos municípios. Para muitos, isso significa atraso. Para um modelo de desenvolvimento sustentável de país, de garantir a não ampliação ainda mais dramática dos problemas urbanos, é uma oportunidade de ter uma estratégia de desenvolvimento que inclua milhões de famílias. Por outro lado, o modelo de inserção no mercado dos agricultores familiares do sul, sudeste, centro oeste é perverso, obrigando-os a ganhar menos em função da precariedade do alcance de políticas de preços, de comercialização, de financiamento das cooperativas, de ações estruturantes voltadas para o beneficiamento.

O Nordeste no Brasil tem uma especificidade: é a região mais empobrecida, não por falta de potencialidades, mas pela ausência de determinação política mais acentuada de modificar essa realidade. Precisa-se de políticas especificas para o semi-árido; para o agreste, para os cerrados nordestinos, para a grande fronteira histórica de exploração predatória da mata atlântica. Precisa-se de uma política de apoio institucional onde se possa apreender com os companheiros do Sul e Sudeste na questão do cooperativismo, da organização da produção. Política publica de inclusão produtiva não se faz com documentos de análise, mas coloca-se na pratica a partir de recursos do orçamento dos Governos, de arranjos institucionais arrojados, de uma política de credito individual e coletiva ajustada a realidade, a partir de uma solução para a secular ausência de terra para quem nela quer trabalhar. Acreditamos no Governo Dilma. E precisamos, desse modo, acordar as políticas que vão fazer com que alcancemos os objetivos desse governo, mas, sobretudo, de cada família no campo que quer viver com dignidade, produzindo para si e para sustentar a nossa sociedade de alimentos saudáveis.

Pontos Positivos

  • O Rio Grande do Norte participou da mobilização levando sua caravana agricultores (as) familiares e lideranças sindicais de diversas regiões do estado, como: Mato Grande, Canavieira, Potengi, Trairi e Oeste Potiguar,
  • A receptividade do BNB, com todos os militantes da mobilização até então fornecendo infra-estrutura, como água, disponibilizando banheiros e almoço para todos das delegações estaduais, enquanto a coordenação mediava às negociações, os militantes FETRAFIANOS, ficaram em frente ao BNB, comemorando suas lutas, com as diversas apresentações dos próprios agricultores familiares e levantando suas bandeiras pelas as quais as defendemos.
  • A presença do Rio Grande do Norte se destacou entre os diversos estados pela forma como a delegação norteriograndense se posicionou na mobilização, discussão e negociação da pauta, estando representado no momento das negociações com dois entre os oitos representantes da FETRAF, sendo estes Josana de Lima (Coordenadora Estadual) e Raimundo Canuto (Sintraf de Janduis).
  • A avaliação do movimento é de que o resultado alcançado nas negociações foi bastante positiva, pois os diversos pontos apresentados ao Banco do Nordeste, foram acatadas na sua quase totalidade, sendo a partir de agora papel do movimento sindical se manter atento para dar acompanhamento em cada estado.

Participaram deste evento, representando a FETRAF/RN, 50 sindicalistas de todo o estado e os seguintes diretores e diretoras da FETRAF/RN: Josana lima (Coordenadora de Juventude), Cicera Franco (Coordenadora de Mulheres), Dário Fortunato (Coordenador de Politica Sindical e Organização), Genésio Francisco Pinto Neto (Coordenador de Formação Sindical e Profissional) e Hildebrando Rocha (Coordenador de Políticas Agrícolas e Agrárias), todos representando a nossa instituição.

Colaboração: Cícera Franco e Blog do João do PT

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