terça-feira, 28 de agosto de 2012

REUNIÃO DO FÓRUM DAS ASSOCIAÇÕES DO MUNICÍPIO DE SANTO ANTONIO/RN

O Fórum das associações esteve reunido nesta última sexta feira, dia 24 de agosto de 2012, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Santo Antonio/RN - SINTRAF, para reivindicar o funcionamento dos Projetos de nível estadual e local, Programa de Desenvolvimento Sustentável - PDS, EMATER's, empréstimos para os agricultores, parceria com instituições financeiras e o fortalecimento da Agricultura Familiar. A mobilização dos agricultores familiares sairá do SINTRAF a partir das 8h00min em grande movimentação pelas ruas de nossa cidade até a agência do Banco do Nordeste que terminará em concentração no mesmo local. Estarão presentes lideranças comunitárias, presidentes e diretores das associações, Presidente e diretoria do SINTRAF, diretores da  FETRAF/RN, vários agricultores das cidades circunvizinhas, entre outros. 






segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Reforma Agrária só será possível com a união dos movimentos



O Direito à terra e a luta pela Reforma Agrária foram debatidos em oficina no Encontro Nacional Unitário dos trabalhadores, trabalhadoras e povos do campo, das águas e das florestas. A análise feita pelos movimentos foi no sentindo de compreender o porquê da morosidade no processo de Reforma Agrária enfrentado na última década.
Nunca se fez uma Reforma Agrária efetiva no país. A marca do desenvolvimento brasileiro é a concentração de terra, riqueza e poder. O modelo do agronegócio, fortalecido nos últimos anos, só gera exclusão, fome e violência no campo.
No governo FHC, o número de ocupações de terras por parte dos movimentos sociais resultava em um maior número de assentamentos. No governo Lula, o número de ocupações diminuiu, assim como o de assentamentos.
Muitas organizações do campo e do conjunto dos trabalhadores acreditaram que um presidente favorável à Reforma Agrária iria colocá-la em prática, mas a coalizão do governo ia na direção oposta, e impôs a lógica de que a Reforma Agrária não tinha importância para o desenvolvimento do país. Com uma pressão menor por parte dos movimentos e sem incentivo do governo, os números da Reforma diminuíram.
Em 2006, segundo mandato de Lula, o agronegócio se fortaleceu, obtendo cada vez mais apoio do governo. “O governo só irá desapropriar terras se os movimentos sociais  ocuparem e pressionarem. Por isso, precisamos realizar ocupações organizadas e maciças, com a participação de todos os movimentos do campo”. Declarou o representante da Fetraf, Lázaro Bento.
A situação no governo Dilma não se alterou; o número de assentados da Reforma Agrária em seu governo mostram que seu governo é o pior dos últimos anos para enfrentar o problema da terra. Aliado a isso está a falta de reestruturação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), órgãos responsáveis por realizar a desapropriação de terras e criação de assentamentos.
Como consequência desse processo, a Reforma Agrária segue paralisada. “Embora o governo dialogue, sua prática política mostra que não é aliado da classe trabalhadora”, disse Itelvina Massioli, representante da Via Campesina.
A falta de políticas concretas de Reforma Agrária não afeta apenas os camponeses. Das cinco mil comunidades quilombolas existentes no Brasil, apenas 122 tiveram seus direitos reconhecidos. Além disso, o Estado é o maior violador dos direitos quilombolas, com a Marinha Brasileira sendo responsável por reprimir comunidades. 
“O resquício da escravidão ainda está presente na sociedade brasileira. A nossa terra não é reconhecida porque, como temos uma relação com a terra que não é mercadológica, e sim coletiva, essa terra não irá voltar para o mercado.” Disse o representante da Conaq, Biga.
União - A crise econômica é usada pelo capital financeiro para se apropriar com mais forças dos recursos naturais e se apropriar de mercados. O lugar da agricultura familiar como força produtora de 70% dos alimentos no mundo começa a ser questionado pelas forças empresariais, desejosas de conquistar uma parcela maior do mercado de alimentos. Prova disso é a quantidade de fusões entre empresas do ramo alimentício: só em 2010, mais de 100 empresas se fundiram para ampliar sua capacidade de produção.
De acordo com Alessandra da Costa Lunas, representante da Contag, “essas fusões ocorrem porque as empresas se preparam para querer dar conta de alimentar a população mundial, por meio de estratégias como a concentração de mercados, o controle dos preços de alimentos, e o arrendamento de terras na América Latina e África pelas grandes empresas. Para enfrentar a união dessas empresas, nós, movimentos do campo, precisamos deixar nossas diferenças de lado, procurar o que temos em comum e nos unir”. 
A Reforma Agrária é tida pelos movimentos como uma bandeira capaz de unir não só o campo, mas também a classe trabalhadora urbana. Para Itelvina, “ temos a necessidade de que todas essas lutas estejam coordenadas e articuladas no sentido de darmos um passo para frear o desenvolvimento do agronegócio no país, para derrotar este modelo e de fato disputar a sociedade”. Como proposta concreta dessa união, foi proposta uma jornada de lutas unificada de todos os movimentos no campo.

fonte: fetrafbrasil

Agricultura familiar e camponesa gera autonomia




De onde vem a alimentação que mantém cerca de cinco mil trabalhadores e trabalhadoras e povos do Campo, das Águas e das Florestas que estão reunidos em Brasília? Esta é uma dúvida que permeia os diversos espaços sociais e não é de hoje que se questiona a alimentação utilizada nos atos em que os movimentos sociais estão envolvidos. 

Os movimentos e organizações sociais estão organizados em Acampamentos, Assentamentos, Quilombos, Aldeias. Nestes espaços, as famílias que ali residem, produzem diariamente alimentos que são consumidos entre eles e os excedentes são vendidos para a cidade.
Na maioria das localidades o trabalho de produção é feito coletivamente, envolvendo do mais novo ao mais velho nas atividades. Em alguns espaços as famílias estão organizadas em cooperativas, envolvendo mais de uma comunidade, o que valoriza o produto aumentando o seu valor diante do mercado.
E neste Encontro Unitário não foi diferente. Cada delegação trouxe os alimentos e materiais necessários para prover a alimentação, o que evidencia a autonomia política e financeira dos movimentos sociais. Além disso, traz aos participantes a certeza de que não estão ingerindo alimentos contaminados.


escrito por Coletivo de Comunicação, Encontro Unitário dos Povos 
Edição: Fernanda Silva
Foto: Ruy Sposati

Minha Casa, Minha Vida tem 1 milhão de moradias construídas, diz presidenta




 A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (27) que o Programa Minha Casa, Minha Vida atingiu a marca de 1 milhão de casas e apartamentos construídos. Além disso, desde o início de 2011 até agosto deste ano, foram contratadas 860 mil novas moradias, segundo ela. A meta do governo é contratar 2,4 milhões de residências até 2014, com uma estimativa de investimentos de R$ 150 bilhões. “Investir em moradia digna para a população é investir na proteção e na segurança das famílias. A casa própria contribui para que as famílias tenham uma vida melhor, para que as crianças e os jovens se sintam protegidos, para que os laços familiares e as amizades se desenvolvam, para que as famílias construam um lar”, ressaltou.
No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma lembrou que o Minha Casa, Minha Vida atende a famílias de três faixas de renda – até R$ 1,6 mil ao mês, entre R$ 1,6 mil e R$ 3,1 mil ao mês e de R$ 3,1 mil a R$ 5 mil. Ela destacou que o programa auxilia também famílias que vivem em encostas de morros, na beira de córregos e em palafitas construídas sobre mangues e igarapés, que sofrem com deslizamentos e enchentes.
“Toda casa, para ser construída, precisa de cimento, tijolo, areia, fios, torneiras, cerâmica, tinta e outros materiais. Para fornecer esses materiais, as indústrias de todo o país têm de contratar mais trabalhadores e aumentar a produção de suas fábricas”, disse. “Minha Casa Minha Vida ajuda toda a população do Brasil, porque faz a roda da economia brasileira girar”, destacou.