segunda-feira, 20 de junho de 2011

Oferta de grãos no Brasil deve subir 23%, até 2021

A oferta de grãos do Brasil deve apresentar alta de 23% até 2021, com a perspectiva de aumento da colheita em 32,9 milhões de toneladas. O estudo "Brasil - Projeções do agronegócio 2010/11 a 2020/21", divulgado pelo Ministério da Agricultura, projeta a produção de 175,8 milhões de toneladas em 2021. No ciclo 2010/11, a previsão é de que a safra alcance 142,9 milhões de toneladas. A estimativa leva em conta o cultivo de arroz, feijão, milho, soja em grão e trigo.

Essa previsão apresentada pela pasta leva em conta a expansão de 9,5% na área plantada até 2021. "O Brasil é um dos poucos países do mundo que podem ampliar a produção de alimentos com ganhos reais de produtividade e mantendo a salvo suas reservas naturais", informa a nota divulgada pelo ministério. De acordo com o comunicado, as projeções para os próximos 10 anos foram feitas com base no cenário mais conservador.

A expectativa é de que a produção de soja avance cerca de 25,9% nos próximos 10 anos, para uma colheita estimada de 86,5 milhões de toneladas em uma década. No ano passado, a produção da oleaginosa foi de 68,7 milhões de toneladas. Depois da soja, o milho deve se sobressair na produção agrícola, podendo alcançar a 65,5 milhões de toneladas no início da próxima década, o que representará um crescimento de 23,8%. Em 2010, a produção foi de 52,9 mi de toneladas.

Até 2021, a estimativa do governo é que a área total de lavouras será de 68 milhões de hectares. Atualmente, a área plantada é pouco superior a 62 milhões de hectares. A expansão deverá ocorrer por conta do plantio de soja (que passará de 24,74 milhões de hectares pra 30 milhões de hectares,) e da cana-de-açúcar, que deve subir de 9,42 milhões de hectares para 11,52 milhões de hectares.

PLANO AGRÍCOLA

O governo federal confirmou que o Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 terá R$ 107,2 bilhões para financiamento de custeio e investimentos, além de linhas especiais de crédito para agricultura empresarial. O volume de recursos é 7,2% maior que os R$ 100 bilhões destinados no ano-safra 2010/2011 e deve atender a uma produção de 169,5 milhões de toneladas de grãos e oleaginosas, alta de 5% sobre as 161,5 milhões de toneladas previstas para a safra atual.

O governo confirmou que vai manter R$ 16 bilhões de recursos para a agricultura familiar, o que eleva o total de recursos para R$ 123,2 bilhões. Do total para a agricultura empresarial, R$ 80,2 bilhões irão para o custeio e comercialização da safra, alta de 6,08% ante os R$ 75,6 bilhões de 2010/2011. Em custeio e comercialização, R$ 64,1 bilhões terão juros controlados e R$ 16,1 bilhões juros livres.

Já os recursos para investimentos da agricultura empresarial somarão R$ 20,5 bilhões, alta de 13,9% ante os R$ 18 bilhões da safra passada. As linhas especiais saltarão 1,56% entre os períodos, de R$ 6,4 bilhões para R$ 6,5 bilhões. "São recursos que não são linha rural, mas que o governo consegue viabilizar a juros de 6,75% ao ano, como Programa de Sustentação de Investimentos", disse Wilson Araújo, coordenador-geral de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura. De acordo com ele, do total de R$ 100 bilhões do orçamento de 2010/2011, entre R$ 92 bilhões e 96 bilhões estarão efetivados no ano-safra.


fonte: tribunadonorte

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