quinta-feira, 15 de março de 2012

Aeroporto está em situação "crítica"


Um estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que 17 dos 20 principais aeroportos brasileiros, ou 85%, estão em situação "crítica" ou "preocupante". Desses, 12 estão funcionando acima da capacidade operacional - incluindo o Augusto Severo, no Rio Grande do Norte. Apenas os aeroportos de Porto Alegre, Salvador e Manaus funcionam em condições "adequadas", fora do "cenário de estrangulamento". Em abril do ano passado outro estudo do Instituto já apontava o aeroporto potiguar e outros 13 em "situação de estrangulamento", ou seja, com a capacidade operacional superando o limite de 100%.
A taxa média de ocupação dos aeroportos em situação crítica foi de 202,2% em 2011, valor influenciado pelas taxas de Vitória (572%) e Goiânia (469%). No Augusto Severo, a taxa apontada no estudo mais recente foi de 138%.
A avaliação do Ipea, feita antes da concessão à iniciativa privada dos aeroportos de Brasília, São Paulo e Guarulhos (SP), é que "permanece limitada a capacidade da Infraero [Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária] em executar seu programa de investimentos. Em 2011, a estatal executou 34% de sua dotação anual inscrita no orçamento das empresas estatais [dotação de R$ 2,216 bilhões e execução de R$ 747,82 milhões]". A conclusão consta do artigo Aeroportos no Brasil: Investimentos e Concessões, de autoria do coordenador de Infraestrutura Econômica do Ipea, Carlos Campos.
A preocupação se agrava com a aproximação da Copa do Mundo de 2014. Segundo o estudo, as etapas do Plano de Investimentos da Infraero "pouco evoluíram nos últimos 12 meses, entre fevereiro de 2011 e janeiro de 2012". "Dos 11 aeroportos nos quais estão previstos investimentos nos terminais de passageiros, oito estão nas fases iniciais de projetos".
O estudo também observa que, dos 13 aeroportos da Copa, dois têm situação diferenciada: o de Natal (de São Gonçalo do Amarante), que foi concedido ao setor privado, e o de Recife, que terá a construção de uma torre de controle. O relatório não faz referência às obras que estão sendo realizadas no Augusto Severo, para ampliação da capacidade, mas ressalta que atualmente o terminal opera acima do limite. E para os aeroportos concedidos, faz ressalvas: "é fator de preocupação a exiguidade dos prazos definidos pelo edital para as várias etapas do processo de concessão, diante da necessidade de que os três aeroportos estejam prontos a tempo de atender ao evento de 2014".


fonte: tribunadonorte

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