Deputado Fernando Mineiro garante que nome não foi escolhido ainda e disputa pode ir para o voto
Mesmo com o cargo do 1º secretário da Assembleia Legislativa sendo dado como certo para Hermano Morais (PMDB) e Poti Junior (PMDB), o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) diz que nome só será definido mesmo no dia 1º de fevereiro, dia da votação para escolha da Mesa Diretora.
Mineiro usou a manobra peemedebista de ficar com a 1º secretaria como argumento para a falta de consenso. "Nem o próprio PMDB conseguiu encontrar um consenso entre os quatro deputados que almejam o cargo. Não há um nome consensual para dizer que já é o 1º secretário. Quem vai decidir o cargo será o plenário no dia da votação", analisou.
No início da semana, o PMDB encaminhou os quatro nomes, que além de Poti e Hermano, também constam Gustavo Fernandes e Nélter Queiroz, para o líder do PMN, Ricardo Motta escolher um nome para postular o cargo. A ideia foi de aproximar ainda mais os dois partidos como uma alternativa de garantir a 1ª secretaria com o PMDB, já que Motta é o nome de consenso para presidir a Mesa, e evitar qualquer tipo de disputa interna no partido.
A articulação termina interferindo nos planos de Raimundo Fernandes, atual 2º secretário, que ainda tenta articular-se para viabilizar a candidatura para o cargo de 1º. Uma alternativa para Raimundo é a manutenção da cadeira de 2º secretário como forma de abrigar o independente PMDB na base governista.
A oposição também se mantém viva na disputa pelo cargo, ratificando ainda mais a idéia de Mineiro de "falta de consenso". O deputado estadual Gustavo Carvalho (PSB) ainda tenta viabilizar sua candidatura para o cargo, como uma alternativa de manter a tradição de alternância de poderes da Casa entre o governo e a oposição. Gustavo tem o apoio direto de sua bancada, composta por quatro deputados: Márcia Maia, Larissa Rosado, Tomba e ele mesmo, além de apoio direto de Mineiro, cotado para ser líder da oposição.
Fontes governistas revelaram que o PMN e o DEM devem tentar negociar com o PSB para acomodar Gustavo Carvalho na 1ª vice-presidência, posto antes ocupado por Márcia Maia, atual presidente. Mas o arranjo terminaria indo contra os desejos do recém-eleito Tomba, que quer o cargo como forma de representatividade política do bloco dos novatos formado por Dibsson Nasser (PSDB) e Fábio Dantas (PHS). Bloco esse, que pode ser fundamental nas articulações governistas para a aprovação de projetos e que quer um cargo na Mesa Diretora, não importando qual seja.
Decisão
Fontes revelaram ao CORREIO DA TARDE que Poti Júnior já está definido como nome escolhido para assumir o cargo. Poti teria o apoio de toda a bancada da situação e seria eleito independente dos votos da oposição.
Mas fontes também repassaram que Hermano pode terminar sendo o escolhido por Motta. Já que ele é um dos orientados políticos do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), presidente estadual da legenda, e que para manter o bom relacionamento com Henrique, Motta terminaria optando por um político ele. No caso, Hermano Morais.
O certo é que o nome continua em aberto e que várias negociações ainda serão realizadas até a próxima terça-feira (1º).
Candidatos a 1º secretário
Poti Junior (PMDB)
Hermano Morais (PMDB)
Gustavo Fernandes (PMDB)
Nélter Queiroz (PMDB)
Raimundo Fernandes (PMN)
Gustavo Carvalho (PSB)
Fonte: http://www.correiodatarde.com.br/editorias/correio_politico-60615
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